Prefeito de Caieiras dá voz de prisão ao filho da presidente da Câmara e escancara crise entre poderes 2o5p3n
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A política caieirense atravessa dias turbulentos desde que uma discussão acalorada entre o prefeito Gilmar Lagoinha (PL) e o filho da presidente da Câmara Municipal, vereadora Zefinha (PL), culminou em uma voz de prisão dada pelo chefe do Executivo. O fato ocorreu na última segunda-feira, durante uma fiscalização realizada por vereadores, e rapidamente repercutiu em redes sociais e veículos de imprensa locais.
Pontos Principais:
- Prefeito de Caieiras deu voz de prisão ao filho da presidente da Câmara durante fiscalização.
- Episódio ocorreu na segunda-feira e repercutiu fortemente nas redes sociais e imprensa local.
- Vereadores se manifestaram na sessão ordinária seguinte com discursos distintos e tensos.
- Prefeito gravou vídeo explicando que agiu para manter a ordem e nega motivação política.
- O caso evidenciou rachaduras entre os poderes e poderá ter desdobramentos judiciais.
O jovem, cujo nome não foi oficialmente divulgado, acompanhava a visita dos parlamentares quando se envolveu em um ime com o prefeito. Segundo Gilmar Lagoinha, houve provocação e desrespeito à sua autoridade, motivo que o levou a acionar a polícia e declarar a prisão do rapaz ali mesmo, no local da vistoria. As imagens circularam na internet e causaram uma onda de indignação e apoio, dividindo opiniões da população.
Na quarta-feira seguinte, durante a 9ª Sessão Ordinária da Câmara, o caso foi o principal assunto em pauta. Vereadores se revezaram ao microfone, dando suas versões, criticando a condução do episódio e se posicionando sobre o impacto institucional do ocorrido. A sessão, acompanhada por olhares atentos da imprensa e da população, revelou um ambiente político profundamente polarizado.
Juninho (PP) foi um dos primeiros a se manifestar, demonstrando repúdio à atitude do prefeito e cobrando respeito ao papel fiscalizador dos vereadores. Em tom moderado, Renata Lima (Republicanos) reforçou a necessidade de diálogo entre os poderes, destacando que o episódio prejudica a imagem da cidade. Já Dr. li (Podemos), líder do governo na Câmara, amenizou o cenário e sustentou que o prefeito agiu dentro dos limites legais.
Zefinha, a vereadora diretamente envolvida, foi enfática em sua fala. Declarou que o ocorrido ultraou os limites da política e afetou sua dignidade pessoal e familiar. Em um discurso emocionado, exigiu respeito às instituições e à figura da mulher no comando do Legislativo. Sua declaração foi interrompida diversas vezes por manifestações de apoio do público presente.
O vereador Lagoinha Josi (PL), por sua vez, defendeu o prefeito, justificando a reação como um reflexo do cenário de tensão e falta de respeito. Para ele, embora o momento tenha sido delicado, foi necessário impor ordem diante de uma situação instável. Sua fala recebeu reações mistas, demonstrando a polarização entre os parlamentares.
O prefeito Gilmar Lagoinha utilizou suas redes sociais para apresentar sua versão dos fatos. Em vídeo publicado logo após a repercussão do caso, explicou que agiu para garantir a ordem pública e que sua postura não teve qualquer motivação política. Disse que foi desrespeitado de forma deliberada e que agiu com base em sua prerrogativa como autoridade máxima do município.
O vídeo teve milhares de visualizações em poucas horas, tornando-se combustível para uma discussão intensa nos canais digitais da cidade. Moradores se posicionaram de maneira diversa, com muitos apoiando a ação do prefeito, enquanto outros o acusaram de autoritarismo. O debate atingiu também lideranças comunitárias e especialistas em direito público.
O episódio ainda poderá ter desdobramentos judiciais, dependendo das medidas que a Câmara e o Ministério Público venham a tomar. Até o momento, não há confirmação de boletim de ocorrência formal ou abertura de inquérito, mas o episódio já afetou seriamente a relação entre os poderes e pode comprometer votações importantes previstas para os próximos meses.
A cobertura do Caieiras Notícias segue atenta a cada desdobramento. O caso deixou de ser um simples desentendimento político e se tornou um marco na história recente da cidade, escancarando a fragilidade das relações institucionais e levantando dúvidas sobre os limites da autoridade pública em contextos de tensão.
Por Bia Ludymila MTB 0081969/SP.
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