Brasil lidera os focos de incêndio na América do Sul, com 76% das ocorrências 1c439
436v1r
O avanço dos incêndios no Brasil preocupa, com impactos significativos no Cerrado e na Amazônia, ressaltando a urgência de medidas preventivas e da participação da sociedade no combate ao fogo.

O avanço dos incêndios no Brasil preocupa, com impactos significativos no Cerrado e na Amazônia, ressaltando a urgência de medidas preventivas e da participação da sociedade no combate ao fogo.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 5.132 focos de incêndio, correspondendo a 76% de todas as ocorrências de queimadas na América do Sul, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aumento significativo foi registrado no Cerrado, que ultraou a Amazônia como o bioma mais afetado, com 2.489 focos de incêndio.
A especialista em fogo e diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, alertou sobre a antecipação do período crítico de incêndios e as preocupações sobre os próximos meses. As condições climáticas, como o El Niño e La Niña, somadas à ação humana, têm intensificado o cenário de queimadas, afetando diversos biomas ao mesmo tempo.
A maior parte das queimadas é causada por atividades humanas, como o uso do fogo para renovação de pastagens e o desmatamento. Embora a seca crônica seja um fator importante, Ane Alencar destacou que a ignição inicial vem da ação humana, o que agrava ainda mais a situação.
Os incêndios têm provocado uma série de consequências graves para o meio ambiente e a economia. Além da perda de áreas de pastagem e plantações, há impactos na biodiversidade, com a destruição de florestas e espécies. O fogo também prejudica a qualidade do ar, aumentando os riscos de doenças respiratórias e sobrecarregando o sistema de saúde.
Além dos incêndios no Cerrado e na Amazônia, o Pantanal também está sendo afetado. No estado de Goiás, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros teve 10 mil hectares atingidos pelo fogo. Em Mato Grosso, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) interditou pontos turísticos, afetando o turismo local.
A pesquisadora ressalta que a conscientização da população é essencial para combater os incêndios. Segundo ela, as medidas governamentais não são suficientes para conter a crise atual. O envolvimento da sociedade é crucial para mitigar o avanço das queimadas e seus impactos a longo prazo.
A combinação de fatores climáticos adversos e práticas humanas inadequadas tem resultado em uma crise ambiental sem precedentes. Para evitar um agravamento ainda maior nos próximos meses, é necessário um esforço conjunto entre o poder público e a sociedade civil, buscando soluções sustentáveis para reduzir as queimadas e seus efeitos devastadores.
Leia mais em Brasil 3t213i
Bolsonaro e aliados se tornam réus por tentativa de golpe de Estado em decisão unânime do STF 5t1j25
Últimas novidades q4u2i
Enem 2025 tem inscrições prorrogadas até 13 de junho para ampliar participação dos estudantes 5q342h







